segunda-feira, 26 de março de 2012

Polêmicas nas redes sociais, como lidar?

Como a essência do meu blog é sobre comportamento das pessoas nas redes sociais, escrevo sobre um assunto que é fundamentalmente comportamental. Venho observado nos últimos meses, principalmente em minha timeline do Facebook que muitas pessoas ou têm certa dificuldade de interpretar textos ou simplesmente não conseguem lidar com opiniões contrárias as delas.

Quando por exemplo, uma determinada pessoa posta algo polêmico ou controverso, ela já tem que ter a consciência de que divergências irão ocorrer e pessoas podem não concordar com o seu pensamento, cabendo a ela argumentar e expor os motivos que explique ou justifique o que ela disse anteriormente. Tudo bem que você terá que explicar bastante os seus pensamentos, mas têm vezes que vejo amigos discutindo rispidamente por conta disso e não respeitam o ponto de vista do outro que não foi ofensivo no que escreveu, apenas mostrou seu ponto de vista. Só que o problema maior é que parece que essas pessoas não fazem muita questão de ler o que foi escrito anteriormente, pois continuam falando e discutindo sem ao menos refletir sobre uma opinião controversa.

Obviamente que ninguém é obrigado a aceitar tudo o que é dito ou escrito, mas é necessário respeitar, a menos que seja um comentário racista ou em teor de discriminação, aí sim acredito que não há nada que justifique. Aprendi na faculdade que não podemos ser alienados e ir de acordo com o senso comum, devemos ter opinião própria e defender nossos princípios com fatos nos quais acreditamos, então por que uma grande maioria se sente confrontada quando são questionadas ou não concordamos com pensamentos que vão de acordo com o da maioria? Alguns são até chamados de “olha aí o do contra”. Particularmente, acho legais debates sadios e que agregam muito mais as pessoas envolvidas, pois passamos a enxergar determinadas situações de uma maneira nova ou diferente e ajuda a formar melhor ainda seu pensamento em relação a algo.

Fonte: blogdocatarino.com

O problema é que em algumas situações, a pessoa não lê direito o que você quis dizer, aí vem com várias pedras na mão, aí você explica novamente e parece que falou grego e outra vez não é compreendido e o debate acaba virando briga. Posso estar até exagerando, mas os fatos relatados aqui tenho observado com freqüência e não sei se a galera leva para o lado pessoal ou não, mas torna o ambiente muito chato e complicado.

Eu mesmo postava algumas coisas polêmicas, mas devido a esses problemas citados acima, parei um pouco e prefiro explanar aqui no blog, não que isso adiantará alguma coisa porque as opiniões controvérsias continuarão ocorrendo, mas é que acho muito ridículo ficar discutindo em Facebook e Twitter, debater é legal, mas brigas ou algo assim acho desnecessário, então uso o blog que é melhor.

Então era isso o que queria compartilhar com vocês e tenho a consciência de que se posto algo controverso ou passível de debates, com certeza terão pessoas que irão contra os meus argumentos, cabe a mim defende-los e aceitar as críticas, desde que não sejam ofensivas e caso esteja errado em algum momento, ter a simplicidade de admitir que errei, pois não é vergonha nenhuma aceitar que estava errado, não é mesmo?

quinta-feira, 22 de março de 2012

Como é formado o profissional de Social Media.

Algumas semana atrás rolou o Social Media Week em vários lugares no mundo, como estou em Londres resolvi ir conferir o que rolou na semana por aqui. Logo no primeiro dia, uma das primeiras palestras foi a respeito do perfil do profissional de Social Media, sobre quem é esse profissional, quais são suas características e como ele é formado.

Claro que para um tema como esse não basta ter a opinião de um profissional de Social Media, mas também de consultores na área de marketing e recrutadores. Essa palestra teve a participação de uma galera de peso assim como Kathryn Corrik (@kcorrick), consultora em Digital Media, Rebecca Gloyne (@beckyfolb) Gerente Global de Aquisição de Talentos da Nokia, Charlie Elise Duff (@charlie_elise) Gerente de Comunidade na Brave New Talent, Ruxandra Fratescu (@rruxx) Consultora de Recrutamento e Niall Cook (@niallcook) Cofundador da Sociagility.

Pra quem quiser o perfil dessa galera com Twitter e Linkedin estará disponível no final do post.
 


Bom, mas o que essa galera propôs foi debater qual o perfil do profissional de Social Media e onde o mesmo é formado.

A conclusão que cheguei e que me surpreendeu em relação a formação do profissional,  que o profissional essencialmente não é formado na faculdade e basicamente a empresa acaba sendo fundamental na formação do mesmo. Todos sabemos que esse mercado já é uma realidade, mas que alguns estão tentando se aprimorar, outros ainda são cautelosos, mas infelizmente a faculdade ainda não está fazendo o seu papel. Outro ponto muito discutido entre os profissionais é que as faculdades focam em mídias diretas e acabam não ensinando a comunicar de forma geral, comunicar bem, comunicar independentemente de uma mídia especifica.

Outro buraco que os consultores, profissionais da área e, principalmente os recrutadores discutiram e chegaram em um comum acordo é que as faculdades e universidades não tem direcionado o aluno para o campo de atuação correto, falta suporte para ajudar o aluno se aprimorar e se especializar em um área específica no mercado da comunicação e do marketing.

Claro que não basta colocarmos a culpa nas faculdades e universidades, mas também no aluno. O aluno de comunicação também é responsável por cobrar seus professores e chefes, afinal Social Media é uma ferramenta que é tão recente para os docentes como para os alunos.

Agora falando especificamente do profissional de Social Media o perfil é muito fácil de ser traçado e basicamente tem algumas características que esse profissional tem que ter, como por exemplo:

• Ligado em tendências;
• Influenciador;
• Persuasivo.
• Objetivo
• Excelente comunicação

Essas características são muito importantes para um comunicador em geral, mas para o profissional de Social Media são requisitos.

Claro que uma coisa que é muito importante citar aqui é que as próprias empresas já entenderam essa falta de profissionais realmente especializados no mercado de trabalho e que elas estão dispostas a "educar" e profissionalizar os novos profissionais por conta da importância para ambos os lados.

A industria do Social Media cresce a cada dia e necessita de mais profissionais especializados, é uma grande oportunidade para muitos profissionais da área de comunicação, basta sabermos como agarrar e principalmente se firmar nesse mercado.

Minha grande dúvida é até quando as empresas vão estar dispostas a aceitarem esses profissionais sem experiência e também quanto tempo vai levar para as faculdades desenvolverem uma nova grade de ensino onde englobe os novos meios de comunicação?

Por Rafael Almeida (@bigtitos)